quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Valores destorcidos

E a gente espera tanta coisa do futuro
Mas o presente nos desanima
Com nossas idas e vindas,
Aprendemos que não se basta apenas sonhar
Correr atraz e bota fé é necessário
Para que apenas não vivamos de sonhos
Sermos sábios e observarmos o nosso cotidiano
E aceitamos que não somos nada, se não pobres.
E nobre é pobre que é humilde
E pobre é nobre que ganancioso
E os conceitos estão invertidos
Valores se dão em moedas
E o povo não é mais povo
E a filosofia é coisa do passado
E o ideal se torna valores materiais
E nossas crianças não são mais crianças
São projetos de pessoas chamadas de “Pais”
E suas infâncias são seqüestradas
E o resgate é o futuro
E o trauma em suas mentes
Não lhe deixam ter uma personalidade
São meros reflexos de um padrão
Perdidos claro
Sem consciência
E aqueles que ainda opinam
São chamados de rebeldes
Discordo
Somos reais racionais
Que não excitamos em dizer certas verdades
Que para vocês parecem loucuras
Mas são resultados de injustiças
Que se traduzem em valores
Complicados ou não
Aceitos ou não
Diferentes
Somos o que somos
E não temos medo
E podem até me calar
Internarem-me num hospício
Mas não irão tirar
As opiniões formadas do que eu digo
Digo, complico, reflito, comflito
Persisto e persisto
Se não me entendes
E porque ainda não tem uma causa.

(Fk)

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